quinta-feira, 28 de julho de 2011

Meu mundo

Estou parado
Dentro de um mundo que eu criei
Fechado, longe de tudo e de todos
Em uma enorme escuridão.
Vivo em um mundo vazio
Andando sobre o nada
Navegando em um mar sem fim
Que me levara rumo a lugar nenhum
Continuo prezo
Afundado em um abismo sem fim
Parado, inerte
Esperando que alguém me enterre
Me soltar? Para que?
Para viver nesse mundo apenas a vagar?
Um mundo superficial
Sem luz, sem vida
Que deixa expostas suas próprias feridas
E ninguém faz nada para curá-la
Apenas aumentá-las.
Olho pra esse mundo
Com todas essas feridas expostas
A jorrar a secreção podre
De uma vida toda medíocre
Prefiro ficar aqui
Trancado no meu mundo escuro
Pois aqui verei apenas o que eu quiser
Serei apenas o que eu quiser
Cuidarei das minhas próprias feridas
Até que quem sabe um dia
A minha mente se torne vazia
E eu possa simplesmente viver
Nesse mundo de fantasias

domingo, 24 de julho de 2011

Palavras

Posso escrever palavras bonitas
Posso escrever palavras de amor
Posso escrever palavras singelas
Posso escrever palavras doces
Mas o que são palavras?
Se não apenas letras
Jogadas os vento sem direção alguma
Que dão forma a um sentimento
Mas todas as palavras que eu escrever
Nenhuma delas te descrevera
Minha deusa
Que eu nem ao menos sei o rosto
Mas mesmo assim já tomaste minha alma
E agora domina todos meus pensamentos
E se tornou senhora de meu ser
Deusa cruel
Que não deixaste nem ao menos o seu semblante
Para que eu pudesse com ele sonhar
Transformaste meu ser em letras
Jogadas ao leu sem formar palavra alguma
Sem ter forma sem ter vida
Sem expressar sentimentos algum
Vou voando pelo vento a sua espera
Para que possas me juntar
E enfim me transformar em palavras
Palavras doces, singelas e bonitas
Não palavras amargas
Como as que o mundo teimas em me transformar
Pois tu que vives apenas em meus sonhos
Que tomou meus pensamentos
Poderá me transformar
Deixarei de ser apenas letras sem sentido
E começarei a ser palavras
Versos, poemas inteiros
Serei o que você quiser
Pois tu Deusa cruel
Que não deixaste ao menos seu rosto
Já controla meu ser, minha vida
Mas serei assim, apenas letras
Até que um dia você
Se faça presente
E transforme minha vida em bonitos versos
Deixando de ser minha deusa cruel
Passando a ser para sempre
A autora de minha vida
A senhora de meus versos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Música

Música ouço agora
Música doce e suave
Como a brisa a me tocar
Levanto e olho em volta
Estou só sem nada ao meu redor
Apenas a musica no ar
A me dizer que ainda estou vivo
Então vou caminhando
Sem destino algum, rumo ao nada
Apenas a musica me levando
Continuo a minha caminhada
Eis que surge um vulto
Eis que surge você
Fonte de todas as musicas
Que me revela a leveza das coisas
Que me arrebata até os mais altos montes
Para me mostrar que ainda estou vivo
Que ainda sinto que ainda existo
Agora já não estou só na minha caminhada
Pois tenho a musica que me acompanha
Pois tenho você que me guia
Tenho seu mundo para viver
E me arrebato para dentro dele
Pois apenas nele eu existo
Apenas nele eu sinto
Apenas nele eu te possuo
De uma maneira totalmente arrebatadora
E lá eternamente viverei
Pois lá , apenas lá
Para sempre eu a terei.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Saudade

Me sinto vazio, sem vida
Já não transpareço nada
Porque não sinto nada
Sou um imenso vazio
Desde que você se foi
Deixaste uma ferida aberta
Pronta para os vermes devorarem
Comer até o ultimo pedaço de carne
Pois meu espírito já se foi
Junto com você
E o que me resta hoje
É essa saudade
Que me acompanha
Onde eu estiver
Me consome como um cólera
Como a pior de todas as chagas
Corroendo o resto de vida
Que ainda habita em meu corpo
Já dilacerado com o sofrimento
Pois essa saudade
Vem me mostrar
Que você já fez parte de mim
Fez parte de meus sonhos
Compartilhou bons momentos
Viveu minha vida
E agora me resta essa saudade
Que me mostra que você se foi
Que meus sonhos acabaram
Que minha vida deixou de fazer sentido
Mas por outro lado
Ela vem me mostrar
Que eu tive você
Que eu tive bons momentos ao seu lado
Que eu tive meus momentos de sonhos
E por mais dolorosa que essa saudade seja
Tenho apenas que agradecê-la
Porque se ela existe
É porque eu vivi um amor intenso
Arrebatador
Com a mais sublime forma
Que agora se acabou
Mas se eu sinto saudades
É porque ele existiu
Hoje eu morro
Sentindo a dor dessa saudade
Mas uma morte feliz
Pois apesar de restar
Apenas essa saudade que me coroe
Morro com a plena certeza
De que vivi o amor mais intenso do mundo
E fui feliz plenamente feliz

Medo

Outra vez o dia se fez noite
A lua brilha imponente no céu
Com todo seu esplendor
Olho para ela e me sinto em paz
E me vem à mente um turbilhão de lembranças.
Mas a noite vai passando
A lua se afastando
E o medo invade todo meu ser
Pois lembro que mais uma vez
Terei que enfrentar toda solidão do meu quarto
E mais uma vez estarei de volta ao meu mundo sombrio
Onde apenas a minha sombra gelada
Estará em minha cama a me esperar
Viajo pelo passado, presente e futuro.
E vejo tudo que eu fui, o que eu sou e o que eu poderia ser.
Fecho os olhos, respiro fundo e tento dormir
E o medo mais uma vez me invade
Medo de que mais uma vez suas lembranças
Venham correndo até mim
Num suspiro profundo eu viro para o lado
E vou buscar no pensamento tudo o que há de ruim
Pois assim eu fujo de você
Afastando suas lembranças pra bem longe de mim
E entro em meu mundo escuro
Onde eu posso finalmente
Apenas dormir...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pensamentos soltos

Como caminhar depois de uma queda?
Como levantar e sair andando?
Como voltar para terra depois de ter voado tão alto?
Como suportar o peso depois de desfrutar a leveza?
Perguntas e mais perguntas...
Mas como responde-las?
Queria que fosse fácil achar respostas...
Queria apenas continuar a viver...
Voltar a sorrir do fundo da alva
Pois o superficial ainda está aqui.
Como voltar ao seu rumo depois de ter perdido seu norte?
Respirando...
Porque a vida continua
E o mundo não para de girar
E eu continuo aqui
Acompanhando o giro do mundo
Pois como ele não para de voar
Fico aqui esperando que eu pare...

Águas

Ando pelas ruas
Apenas a solidão da noite
A me fazer Campânia
Uma chuva cai sobre o meu corpo
Como gotas da mais pura dor
Queria poder me dissolver com a água
E ser levado até a parte mais profunda do oceano
Onde exista apenas a escuridão
E o frio intenso corte a minha alma
Congelando para sempre o meu ser
E lá ficarei por toda a eternidade
Com meu corpo inerte
Sofrendo a mais profunda dor
Dor de uma vida atormentada
Por um vil sentimento
Chamado amor
Que dilacera meu ser a cada dia
E faz com que eu morra
Uma morte lenta e gradual
Queira apenas deitar-me no chão
E ser levado por essas águas
Que se misturam com as minhas lagrimas
Queria apenas poder
Com essa água escorrer
Até que um dia eu consiga
Apenas morrer.


sábado, 16 de julho de 2011

Meu Lar


As trevas são meu lar
A morte, meu refúgio
A solidão, minha companheira
Sou o tudo e o nada
A vagar pela escuridão noturna
A procura de uma doce vitima
Para saciar minha sede por sangue
Pois sou assim
Uma criatura mórbida
Gélida sem vida
Porém sagaz e implacável
Como a tempestade mais devastadora
Tomo minhas vitimas
Com uma fúria sem igual
Sugarei até a ultima gota
De seu sangue quente
Pois sou assim
Criatura soberana
Que reina na noite escura
Procurando minhas presas noturnas
Na solidão da noite fria

quinta-feira, 14 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quem Sou Eu

Quem sou eu?
Sou poeta, apenas um poeta
Eu vivo, sonho, vejo, sinto
E o que me faz diferente?
Eu amo!
Como assim eu amo?
Todos nós amamos
Mas eu amo
E apenas amo
Não espero nada em troca
Não messo meu amor
Eu apenas me entrego a ele
Sou guiado por ele
Pois o amor é o que me move
Correspondido ou não
Ele, apenas ele que me move
O amor me arrebata ou me afunda
Mas não me deixa parado
Me leva ao maior dos êxtases
E me funda no mais profundo abismo
Me faz experimentar os melhores sabores
Contemplar as mais belas paisagens
Sentir o melhor da vida
Mas também me faz experimentar
O amargo pior que o fel
Sumir na escuridão noturna
Enxergar apenas o cinza
O amor é a engrenagem
Que não para nunca
Que gira o mundo como um turbilhão
Mas ainda queres saber quem eu sou?
Eu sou a vida, eu vou a morte
Sou a alegria e a dor
Sou a esperança e o desespero
Eu sou a mistura de tudo
Que em todas as manhãs nos desperta
Porque eu sou amor
Porque eu sou poeta.

domingo, 3 de julho de 2011

Quem sou eu?

Tenho pensado muito nisso ultimamente, e descobri que é uma resposta difícil de encontrar.

Como me defini? Não sei, acho que não tenho como saber quem sou eu. Mas descobri uma coisa, descobri o que me move. E o que me move é uma coisa bem simples: O amo.

Não o amor como todos conhecem, mas o amor na sua forma perfeita, o amor na sua pluralidade, o amor em toda sua plenitude.

E difícil acreditar que ele exista, mas ele existe e é esse amor que me faz viver, e me faz gostar de tudo o que me cerca.

Somente quando vivemos um amor em toda a sua plenitude é que começamos a enxergar o que realmente é importante para nós, enxergamos tudo de outra maneira. E por mais forte que esse amor seja, ele não te arrebata, pelo contrario ele mantém firme, com os pés no chão, te ensina a apreciar a simplicidade de tudo.

Pois o amor na sua plenitude, não esta em sua grandeza, e sim na minuciosidade, de seus pequenos detalhes, e somente quando aprendemos a enxergar isso é que conseguimos viver esse verdadeiro amor...