terça-feira, 18 de setembro de 2012

Hipocrisia


O mundo a minha volta mudou
De repente me vejo em um campo claro
Como a luz do sol
A raiar em um mais doce dia
Vago por esse imenso mar de felicidade
Onde não existe magoa nem rancor
Apenas a felicidade e o amor
Continuo a vagar por esse campo
Límpido maravilhoso e feliz
Sempre sorrindo para todos
E todas nós somos felizes
Vagamos por um mar de maravilhas
Onde a felicidade e o amor são coisas infinitas
Oh mundo maravilhoso esse
Em que me vejo agora
Quero continuar aqui
Sempre feliz e eternamente a sorrir
Vagando nesse mundo maravilho
Pois é o que eu sempre quis

sexta-feira, 23 de março de 2012

Dúvida

jogue-em aos lobos
faça-me sucumbir
mas não me deixe corroer
na morte mais lenta
que é a duvida de um talvez

mate-me de uma vez

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sua voz

Um enorme vazio toma meu ser
Meu corpo fica imóvel
Meus olhos enxergam apenas o nada
Uma escuridão sem fim
Eis que de repente ouço uma voz
Que faz pulsar todo o meu viver
Enche meu corpo de desejo
E como uma bola em chamas
Esse desejo vem crescendo dentro de mim
Querendo sair pra fora
E eu em uma tentativa inútil
Tenta negá-lo prendê-lo dentro de mim
Mas meus sentidos já não me pertencem
Não controlo mais meu corpo
Nem minhas vontades
A única coisa que penso agora é nessa voz
Uma voz doce e suave
Que tem o poder de me levitar
Levar-me até os mais altos montes
Alcançar as nuvens
Mas de repente essa voz se vai
Eu me afundo nos mais profundos abismos
Me fecho em uma total escuridão
Volto a ser um vazio
Pois sem a sua voz sou assim
Um nada imenso
Um eterno vazio
Pois na sua voz eu me encontrei
Eu renasci, passei a ter vida
E agora eu sou assim
Dependente dessa voz
Que é como o sol que traz o calor
A água que traz a vida
Como a lua que eternamente brilha
Pois somente sua voz
Pode fazer meu desejo pulsar
Pois somente sua voz
Me faz entender o sentido de amar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cinza

Hoje o dia amanheceu cinza
Tudo parecia sem cor
Como o imenso inverso
Que invadiu a minha alma
Não sinto a brisa tocar meu rosto
E nem o perfume das flores
Meu andar é lento e pesado
Pensamentos turvos tomam conta da minha mente
Melodias ecoam no ar
Sem que eu possa escutá-las
Queria não precisar acordar
Ficar preso em meus sonhos
Pois nem meus piores pesadelos
Me assombram como a minha realidade
Queria poder viver apenas em meus devaneios
Na minha loucura de ser feliz
Mas a tristeza me invade
Desbotando tudo aquilo que já foi belo
E mais uma vez o cinza toma conta da minha vida
Pois a felicidade que a torna colorida
Há muito tempo foi perdia.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

De volta ao passado


Novamente ele se viu ali onde tudo havia começado. Sentiu a mesma sensação de êxtase tomar seu corpo, era como se vivenciasse tudo outra vez.
Sentiu uma brisa fria cortar seu rosto, respirou fundo e um sorriso bobo brotou em sua face. E por alguns instantes ficou ali, parado, olhando tudo ao seu redor.
Olhou para o relógio, já passava da meia noite, teve vontade de ficar ali revivendo todo outra vez, mas não podia. A realidade o chamava. Uma garoa fina o atinge, ele sai caminhando com um andar lento, as vistas embaçada e o coração despedaçado. Bem diferente que quando estivera lá com ela, na noite do primeiro beijo, onde tudo deixou de existir e tudo passou a existir.
Porem não restava mais nada a fazer a não ser continuar sua caminhada, mas dentro dele sempre carregaria a certeza de que naquele locar e em uma noite como aquela ele foi plenamente feliz...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dia Chuvoso


Hoje o dia teima em não amanhecer
Nuvens densas cobrem o céu
Uma forte chuva cai
E teima em não deixar o sol nascer
Meus pensamentos voam
Enquanto ainda estou deitado
Ouço apenas o som da chuva
Ao cair no meu telhado
Essa doce melodia
Que lembra que a vida me aguarda
Do outro lado da porta
Um mundo em movimento ali está
Mas em dia de chuva
Tudo se move devagar
Menos a água
Esta está sempre a correr
Assim como a água dos meus olhos
Que teima em sempre escorrer
Tudo passa lentamente
Em uma cadencia mórbida
Ainda dentado em minha cama
Lembro-me que a vida chama
E eu tenho que levantar
Olho o mundo lá fora
Tudo em tom cinza está
Assim como em um filme de Charplin
Que a tecnologia não veio retocar.
Volto a minha realidade
Onde o caos de um dia me aguarda
Onde a chuva vira enxurrada
E leva tudo por onde passa
Mas nada posso fazer
A não ser de vez acordar
E a realidade do meu dia chuvoso
Tenho que novamente enfrentar.

domingo, 16 de outubro de 2011

Dor


Ainda ouço o som da minha respiração
Meu coração mesmo dilacerado teima em bater
A brisa quente do verão toca meu rosto
Mas não quero acordar
Meus olhos já não suportam a claridade
Quero a escuridão da noite e o frio do inverno
Que ele adormeça meu corpo
E congele meu coração
Para que eu possa ficar ali
Apenas parado
Esperando que o tempo cure as minhas dores
Que as lembranças abandonem a minha mente
E eu possa novamente me levantar
E a minha longa caminhada retomar
Mas eu ainda estou aqui
Deitado com todo o meu pesar
Esperando que a dor passe
Ou que a morte venha me buscar.